Desafios e perspectivas para o avanço da ciência no Brasil.

 


A ciência tem uma grande importância para a sociedade, pois é através dela que são feitas as descobertas de curas para as doenças, a produção de medicamentos, desenvolvimentos de novas tecnologias e a solução de problemas  que prejudicam a população contribuindo com uma melhor qualidade de vida para as pessoas. 

 Há cerca de 20 anos, as ciências no Brasil viviam bons tempos. A partir dos anos 2000, mais recursos já começavam a ser investidos no setor, segundo Ildeu de Castro Moreira, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Mas foi durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, a partir de 2006, que o MCTIC viveu um período de real prosperidade, com o aumento progressivo nas verbas destinadas à pasta. Em 2010, os investimentos no ministério atingiram o ápice, chegando a aproximadamente 8,6 bilhões de reais (em valores atualizados, quase 10 bilhões de reais).

Marca semelhante foi alcançada em 2013. Na época, a cultura de investimentos em ciência parecia estar se consolidando. Porém, a partir de 2014, teve início a crise que se estende até os dias de hoje. O orçamento da pasta passou a sofrer cortes constantes durante os anos seguintes do último governo Dilma Rousseff.

Sob Michel Temer, o Ministério da Ciência e Tecnologia incorporou o das Comunicações e sofreu um contingenciamento de 44% das despensas previstas para 2017. Naquele ano, foram investidos apenas 3,77 bilhões de reais, o menor orçamento dos últimos 12 anos.

No início de 2018, a situação parecia um pouco melhor com o anúncio de um investimento de 4,7 bilhões na pasta, porém, houve novamente cortes, o que chegou a atrasar o pagamentos de bolsas em dezembro do ano passado. Esse atraso levou o CNPq a entrar em 2019 com um rombo de 300 milhões de reais no orçamento.

Desde 2016, os repasses para o pagamento de bolsas concedidas pelo CNPq vem caindo, passando de pouco mais de 1,1 bilhão para 784,7 mil reais neste ano. Metade dos 80 mil bolsistas da agência fazem iniciação científica e recebem apenas entre 100 e 400 reais por mês.

Com a diminuição crescente dos recursos necessários para o desenvolvimento de pesquisas científicas, os departamentos que trabalham com ciência a exemplo das Universidades e Centros de pesquisa são afetados de forma significativa, além de promover a desvalorização dos pesquisadores podendo causar danos irreversíveis para ciência no país, tanto no presente como no futuro.

A interrupção de projetos em andamento gera a perda dos recursos investidos e a escassez de cientistas qualificados. Como consequência, impactos de médio e longo prazo poderão ser observados em diversos setores, desde a saúde até a economia, pois sem inovação a economia tende a desacelerar, o que pode levar a uma crise econômica. 

Com todos os congelamentos de recursos e bolsas em universidades públicas, vemos a nossa ciência brasileira ameaçada, é preciso chamar a atenção das autoridades para a valorização do incentivo aos nossos pesquisadores visando promover o o desenvolvimento do conhecimento e da ciência, levando o Brasil ao avanço.  

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